domingo, novembro 27, 2005

Quanto ?!

Sempre foi uma questão para mim o quanto é razoável ceder. Num relacionamento, sempre há um que acaba cedendo mais. E em que ponto essa maleabilidade começa a comprometer o individualismo. Eu conheço todo o blá blá blá sobre o excesso de individualismo da nossa geração. Mas num momento em que estamos excessivamente carentes, em que a projetamos mil coisas em cima da primiera pessoa que aparece, e às vezes insistentemente tentamos agradar, nos perdemos a nós mesmos. É muito fácil mudar para agradar alguém temporariamente, mas quanto tempo essa mudança pode ser levada adiante ?! E quando a gente cede, quantas vezes é de uma forma tranquila, de uma forma verdadeira, sem esperar nada em troca ?! Existe um certo momento, em que buscando agradar alguém, ou evitar maiores discussões ou problemas, aceitamos coisas ou topamos coisas que não são nossas realmente. Qual o limite que isso é saudável ? Quais as questões que podemos relevar para se ter felicidade ao lado de alguém ? Ceder é essencial, mas se respeitar também. Há coisas intransponíveis, e não adianta forçar a barra. Há momentos de paixão que não enxergamos mais nada também, e não ouvir pessoas em volta é ignorar uma existência prévia. Se anular com alguém numa realidade paralela não dá certo. Been there, done that. Em algum momento a casa cai. Sim, temos nossas necessidades individualistas. Ou sim, tenho as minhas necessidades individualistas. Já me anulei a uma realidade alheia também. E sair disso é difícil. Não quero mais esse lugar. Mas a sensação que eu tenho é que todo mundo anda tão individualista, que não quer outra pessoa assim para compartilhar nada, pelo contrário, quer alguém submisso ao seu mundo. E se ninguém ceder, qual a possibilidade de alguma coisa em algum momento dar certo ?!

quinta-feira, novembro 24, 2005

Descobri Hilda Hist !

terça-feira, novembro 15, 2005

Jaleco branco.

Durante muito tempo, tive uma certa restrição em andar de jaleco ou de branco pelo hospital universitário. Usava para atender pacientes, mas em seguida retirava para andar pelos corredores. Sempre há pacientes que nos pararm para pedir informações. No início, julguei que eu não tinha paciência para a desinformação das pessoas. Mas certo dia caiu a ficha, e eu me dei conta que o que pesava era a responsabilidade do saber. Não é fácil assumir que você possa ajudar pessoas com conhecimentos aprendidos. Tem pessoas que simplesmente levam na boa. Eu tive uma certa resistência. Provavelmente insegurança. Sim, muitas vezes eu sou insegura. Muito mais quando há uma vida alheia envolvida. Não é fácil assumir responsabilidade. Mas está passando o tempo. E mais um pouco vou ter um CRM na mão e não vai ter médico para chamar, serei eu mesma.
Enfim, essa semana passada foi pesada. Tive um plantão heavy, vi 3 pessoas morrrerem na minha frente. Isso não é comum. Não sei o que mudou. Mas na quinta feira, quando me dei conta, estava desfilando de jaleco pelo hospital. Caiu a ficha. Estou começando a aceitar a responsabilidade de cuidar de pessoas. Além disso, estou descobrindo um sentimento novo, o de satisfação pessoal com trabalho. Sempre ouvi isso, mas imaginava ser um mito. Escolhas foram feitas, caminhos escolhidos, e hoje rola um puta tesão de ver um caso difícil, e felicidade quando paciente sai bem. E eu ainda nem entrei de verdade no mercado de trabalho. Mas to começando a achar que eu realmente me encontrei de alguma forma. Esses sentimentos positivos da medicina me faltaram durante a maior parte da faculdade. Feliz que eles simplesmente surgiram.

terça-feira, novembro 08, 2005

How much and how often can we turn OFF ?

Volto na minha cabeça naquele um instante em que estávamos na cama. Deitados, semi desmaiados, nús. Desejo, sim, a leveza dos toques, o arrepio dos corpos. Como foi agradável. O desejo que não era só desejo instantâneo. Era o desejo de prolongamento daquele bem estar. Daquele sentimento de bolha, de anulação do mundo externo, distanciamento da realidade, sem pensar muito, somente sentindo o corpo físico. O alcool ajudava a tornar aquele momento uma mistura de sensações reais e mundo imaginário. Sem peso de nada. Tinha esquecido como era agradável. Carinho, respeito, muitas coisas...

segunda-feira, novembro 07, 2005

Quantas vezes na vida a gente se apaixona ?
Será que existe um número pré determinado ? Ou será que construímos esses momentos ? Ou será que dependemos de coincidências ? E o que exatamente nos leva a esses sentimentos ? Existe um status "disponível para paixão" ? E uma vez que acontece, será que podemos ficar viciados ? Sim, a paixão e o momento apaixonamento dão ONDA, melhor que qualquer droga. E quando ficamos céticos em relação a tudo isso, como é possível mudar ?


Segunda feira meio cinza....